Os cistos de ovário são formações líquidas que surgem nos ovários e que são muito frequentes nas mulheres. Na maioria dos casos, são achados ao acaso nos exames de rotina, mas acabam nos assustando, não é?
A seguir, vamos explicar de uma forma bem simples os diferentes tipos de cistos no ovário e como tratá-los!
Cistos são formações de conteúdo líquido que se formam nos ovários. A partir das características de cada um, classificamos eles em diferentes tipos.
De uma forma geral, eles são divididos em funcionais, benignos e malignos.
- Como eles se formam?
Durante o período fértil, todo mês nosso corpo sofre uma variação dos níveis dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona) para nos preparar para a gestação ou menstruação.
Essa variação dos níveis hormonais pode favorecer a formação dos cistos funcionais. Por isto, eles são tão comuns entre os 15 a 40 anos.
Eles geralmente desaparecem sozinhos, sem necessidade de nenhum tratamento.
O cisto folicular aparece com frequência no ultrassom de rotina (descrito como cisto anecóico no ovário) e seu tamanho varia de 1 a 3cm.
Já o cisto hemorrágico costuma se formar logo após a ovulação. A maioria é reabsorvida pelo corpo em algumas semanas, sem necessidade de cirurgia.
- Como eles se formam?
Os cistos benignos se formam através de um estímulo ainda indefinido, que provoca o repentino crescimento das diferentes camadas dos ovários.
Os teratomas são os cistos benignos mais frequentes, contendo dentro deles gordura, pelos, cabelos e até mesmo dentes!!!
Já os endometriomas são cistos de endometriose dentro do ovário. Possuem conteúdo espesso, denso e cor achocolatada. Isto porque o sangramento menstrual fica preso dentro do ovário e com o tempo, ele envelhece, ganhando a cor achocolatada.
Os cistos malignos surgem mais frequentemente em meninas antes da primeira menstruação e em mulheres após a menopausa.
Devem ser suspeitados quando o cisto apresentar algumas características específicas no ultrassom transvaginal. Estas características são bem diferentes das encontradas nos cistos funcionais ou benignos.
O principal sintoma é a dor na barriga. Algumas mulheres apresentam dor durante a relação sexual, dor ao realizar exercícios físicos ou pegar peso, isso quando os cistos são volumosos.
No entanto, a maioria das pacientes não sentem nada, ou seja, são assintomáticas.
O cisto no ovário engorda? Incha a barriga?
Não!!! A maioria deles são pequenos, pesam gramas e dificilmente são palpáveis pelo abdome, apenas em casos raros de cistos muito grandes.
Como a maioria das pacientes não sentem nada, eles são frequentemente identificados ao acaso nos exames de rotina, como no ultrassom transvaginal.
O tratamento pode ser cirúrgico (retirada do cisto) ou apenas acompanhamento.
O tratamento varia de acordo com a idade da paciente, o tipo e o tamanho do cisto, se houve crescimento ao longo dos meses ou se estiver associado a algum desconforto.
Infelizmente, não existe nenhum remédio capaz de tratar os cistos ovarianos. No entanto, os anticoncepcionais podem evitar a formação de novos cistos e costumam ser indicados.
De um modo geral, cistos maiores que 5 a 7 cm devem ser operados. Isso porque eles dificilmente serão reabsorvidos (desaparecerão sozinhos) e têm maior risco de romper ou torcer.
A torção ou ruptura do cisto provoca uma dor muito forte e repentina na barriga que pode levar a uma cirurgia de urgência.
Cistos que surgem após menopausa merecem atenção. Neste período, o ovário deveria estar em “repouso”, por não produzir mais óvulos, desta forma existe um risco maior de câncer.
Vale lembrar que cada caso deve ser avaliado individualmente!!!
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