Postado por Dra. Camila Bonacordi
A histeroscopia cirúrgica é um procedimento endoscópico realizado para o tratamento de lesões encontradas no interior do útero e colo uterino.
É uma cirurgia minimamente invasiva, sem cortes e pode ser feita em mulheres de todas as idades.
Neste artigo, vou explicar o que é a histeroscopia cirúrgica, como é feita, suas indicações, recuperação e cuidados após o procedimento.
A histeroscopia cirúrgica é um procedimento endoscópico em que visualizamos o interior do útero e do colo uterino através de uma câmera de aproximadamente 3-4mm e conseguimos remover certas doenças através de uma alça de ressecção.
A grande vantagem desta cirurgia é que não é necessário realizar cortes na barriga, nem tomar pontos. Todo o procedimento é realizado por dentro do útero de forma rápida e indolor, permitindo uma rápida recuperação da paciente e retorno precoce às atividades habituais.
Ela é indicada para o tratamento de:
Histeroscopia diagnóstica é somente o exame que visualiza e identifica as alterações dentro do útero e canal endocervical. Ela pode ser realizada em laboratório, geralmente sem anestesia, ou no centro cirúrgico sob sedação.
Já a cirúrgica, é o procedimento para retirada das lesões encontradas na histeroscopia diagnóstica, como por exemplo pólipos e miomas submucosos e deve ser realizada sempre no centro cirúrgico sob anestesia.
Este é um procedimento realizado no hospital, em centro cirúrgico, sob raquianestesia ou sedação venosa e tem duração de 30 a 60 minutos.
A paciente deve estar em jejum de 8 horas, levar os exames pré operatórios e não deve estar com infecções, grávida ou ter tido relações no dia anterior ao procedimento.
A mulher é anestesiada e não sente nenhuma dor ou desconforto durante o procedimento. Este procedimento é realizado em posição ginecológica, após a antissepsia local (para diminuir o risco de infecção).
A câmera de fino calibre é introduzida por via vaginal com infusão de líquido, para a distensão das estruturas e melhor visualização. Após isso, é realizada a dilatação do colo uterino até 9 mm de diâmetro com auxílio de materiais específicos, possibilitando a passagem da câmera acoplada a uma alça para a cirurgia.
A alça é utilizada para a retirada dos pólipos, miomas, espessamentos, septos uterinos, entre outras patologias, que são enviados para biópsia.
A recuperação é rápida e as pacientes costumam receber alta hospitalar no mesmo dia, horas após a cirurgia. O tempo de repouso é de 2 a 5 dias, a depender de cada caso.
Dentre os cuidados após a cirurgia, recomendamos evitar atividades físicas, banhos de mar, piscina e banheira por 7 dias e abstinência sexual por 7 a 14 dias.
É fundamental retornar a sua médica para seguimento e checar o resultado da biópsia.
É normal ter sangramentos após a histeroscopia cirúrgica, devido a dilatação do colo uterino e a ressecção de patologias. Isso ocorre nos primeiros dias após a cirurgia e em pouco volume.
É comum também sentir um leve desconforto abdominal com a sensação de barriga inchada, mas que logo volta ao normal.
Esta é uma cirurgia de baixo risco, sendo os principais: sangramento vaginal, principalmente após a retirada de miomas submucosos e infecções genitais.
A perfuração do útero e lesões de bexiga ou intestino também podem acontecer, mas são eventos raros. Assim como a intoxicação hídrica, que pode ocorrer quando há a entrada de líquido em excesso, superior ao que o organismo consegue absorver.
Caso você apresente uma dor abdominal muito forte após a cirurgia, febre ou um sangramento intenso, é essencial comunicar a sua ginecologista e retornar para avaliação.
O valor para realizar este procedimento varia de acordo com cada equipe médica.
Caso você precise realizar este procedimento, procure um profissional qualificado e siga todas as orientações para uma melhor recuperação.
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Artigo criado em 12/07/2021 e atualizado em 21/07/2024 por Dra Camila Bonacordi.
IMPORTANTE: Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. Agende uma consulta para maiores informações.
Texto escrito por:
Dra. Camila Bonacordi
Médica Ginecologista
Especialista em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva
CRM: 175203 – SP
RQE: 86605
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8912441366082514