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JAN 25

Espessamento endometrial após a menopausa: O que é? Como Tratar?

Postado por Dra. Camila Bonacordi

mulher pensativa com uma mão apoiada sobre o queixo

Introdução  

O espessamento endometrial é uma alteração identificada nos exames de rotina de milhares de mulheres após a menopausa.

Esta é uma condição que gera grande preocupação e levanta uma série de dúvidas.

Ela é uma doença grave? Pode virar câncer? Tem cura?

Estas são algumas das dúvidas que as mulheres apresentam ao receberem este diagnóstico.

O objetivo deste artigo é justamente explicar o que é o espessamento endometrial, as suas causas, diagnóstico e como é realizado o seu tratamento.

Vamos lá?  

O que é o espessamento endometrial?

O espessamento do endométrio nada mais é do que o crescimento do revestimento interno do útero.

Quando ele atinge valores acima de sua referência para a idade, é chamado de espessamento endometrial.

Na menopausa, o endométrio deve ter espessura menor que 5mm. Já nas mulheres que fazem reposição hormonal, a espessura do endométrio pode atingir até 8mm.

Quando são identificados no ultrassom valores acima destes limites, é diagnosticado o espessamento endometrial.  

De acordo com um estudo científico recentemente publicado, a prevalência do câncer de endométrio em pacientes sem sintomas e com espessamento endometrial após menopausa, aumenta de 3,7% para 16,3% conforme a espessura do endométrio se aproxima de 10mm.

Este achado confirma a importância da investigação precoce desta patologia.  

Quais os sintomas do endométrio espessado? 

As mulheres podem ser assintomáticas, ou apresentarem sangramento vaginal após a menopausa.  

De modo geral, não causa dor. No entanto, em casos em que ocorre o sangramento vaginal, pode haver cólicas abdominais.  

Quais as causas do espessamento endometrial? 

O espessamento do endométrio pode ser causado por:  

- Pólipo endometrial  

- Câncer de endométrio  

Mioma submucoso 

- Septo uterino  

- Hiperplasia endometrial  

- Uso de tamoxifeno  

O espessamento do endométrio pode também ser secundário ao acúmulo de muco no interior do útero, devido a estenose do colo.  

Como na menopausa o útero e os ovários reduzem de tamanho pela diminuição da produção dos hormônios femininos, o canal do colo uterino pode obstruir por completo (estenose).

Esta obstrução resulta no acúmulo de muco no interior do útero. Este acúmulo pode provocar uma imagem semelhante ao endométrio espessado ao ultrassom.   

O espessamento endometrial pode ser câncer?

Sim. Existem diversas causas para o espessamento do endométrio e uma delas é o câncer de endométrio.

Segundo o Instituto nacional de Câncer (INCA), o câncer de endométrio está entre os 10 tipos de câncer mais comuns nas mulheres no Brasil. O aumento da sua incidência se deve a maior prevalência de idosos e obesos na população.  

Mas por que isso ocorre?

Após a menopausa, os ovários param de produzir os hormônios femininos, diminuindo o estímulo sobre o crescimento do endométrio, tornando-o mais fino. 

Quando ocorre o crescimento deste endométrio, devemos investigar com exames mais específicos, principalmente para excluir a possibilidade de câncer.  

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do espessamento endometrial é feito pelo ultrassom transvaginal ou pélvico.  

Após essa suspeita, recomendamos a realização da histeroscopia.

Este é um exame em que, através de uma câmera de aproximadamente 3 mm, visualizamos o interior do útero e da vagina, sendo possível realizar pequenas biópsias.

Através destas biópsias, conseguimos identificar a causa do espessamento. 

Como tratar o espessamento endometrial?

O tratamento é feito de acordo com a causa do espessamento.  

Se a causa for um pólipo endometrial ou mioma submucoso com sangramento, recomendamos a histeroscopia cirúrgica.  

Já nos casos em que há um septo uterino ou sinéquia, é necessário apenas o acompanhamento.

No entanto, é importante ressaltar que recomendamos sempre a realização da biópsia do endométrio para um diagnóstico adequado.   

Onde tratar espessamento endometrial em São Paulo?

A investigação do endométrio espessado é feita através da histeroscopia e seu tratamento, caso seja cirúrgico, pode ser realizado na maioria dos hospitais em São Paulo (SP). A paciente e a equipe médica definem juntos o local mais adequado para a realização da cirurgia.

A minha equipe realiza esse procedimento nos principais hospitais particulares de São Paulo. Estamos à disposição para receber você em meu consultório.

Ele fica localizado no Jardim Paulista em São Paulo, próximo aos bairros: Jardins, Bela Vista, Pinheiros, Higienópolis e Liberdade.

Agende uma consulta com a Dra. Camila Bonacordi para mais informações.

Para contato, clique aqui ou no símbolo de Whatsapp ao lado. 

Conclusão

Neste artigo, detalhamos o que é o espessamento endometrial após a menopausa, as possíveis causas associadas e qual a conduta frente a esse diagnóstico.  

Lembrem-se da importância em visitar seu ginecologista anualmente para realizar os exames de rotina, ou até mesmo antecipar essa visita, caso apresente qualquer sangramento vaginal após a menopausa.  

A maioria dos casos tem origem benigna, mas devemos sempre excluir o risco de câncer!  

Espero que tenham gostado! 

Bibliografia: 

1) Pubmed. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36576124/

2) Cleveland Clinic. https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/16569-atypical-endometrial-hyperplasia

3) INCA. https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/corpo-do-utero 

 

Artigo criado em 10/01/2023 e atualizado em 25/01/2023 por Dra Camila Bonacordi.

IMPORTANTE: Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. Agende uma consulta para maiores informações.


Texto escrito por:

Dra. Camila Bonacordi
Médica Ginecologista
Especialista em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva
CRM: 175203 – SP
RQE: 86605
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8912441366082514

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