Pre-loader
SET 07

Adenomiose é grave? Saiba tudo sobre o tratamento!

Postado por Dra. Camila Bonacordi

mulher com face de dor abraçando o abdome

Introdução

A adenomiose é uma alteração que acomete o útero das mulheres, podendo levar a sintomas como fluxo menstrual intenso e cólicas.

O objetivo deste artigo é explicar tudo sobre a adenomiose uterina e o seu tratamento, assim como esclarecer as principais dúvidas que as mulheres com esta patologia possam ter.

O que é a adenomiose?

Nada mais é do que a infiltração do endométrio (camada interna do útero) no miométrio (camada muscular do útero).

Sua incidência não está bem definida na literatura, mas alguns estudos mostraram sua presença em 20 até 60% das mulheres submetidas a cirurgia de retirada do útero.

O que causa a adenomiose uterina?

A causa ainda não está bem definida.

A teoria mais aceita é que o endométrio espontaneamente invade a camada muscular uterina, levando células que formam agrupamentos de glândulas ou até mesmo nódulos (adenomiomas). Estas células sofrem estímulo hormonal do estrogênio e desenvolvem a doença.

Alguns fatores de risco também estão associados a esta patologia:

  • Mulheres > 30-35 anos de idade;
  • Mulheres que já engravidaram (gestações ou abortos prévios);
  • Cirurgias uterinas: principalmente relacionados a curetagem uterina e parto cesárea, mas também podem ocorrer após a cirurgia de mioma.

A adenomiose uterina é grave? Pode virar câncer?

Não! A adenomiose é uma doença benigna do útero, não tendo risco de evoluir para câncer.

Entretanto, necessita de acompanhamento ginecológico, principalmente quando causam sintomas.

Quais os sintomas relacionados a adenomiose?

  • Aumento do fluxo menstrual
  • Cólica menstrual intensa
  • Dor na relação sexual
  • Dor pélvica
  • Dificuldade para engravidar
  • Aumento do volume do útero

Segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, cerca de 30 a 50% das mulheres não apresentam sintomas, ou seja, são assintomáticas.

Além disso, na maioria dos casos, quanto maior a infiltração da doença no miométrio, maior será a intensidade dos sintomas.

A adenomiose engorda? Pode causar dor nas pernas?

Não!! Ela não está associada ao aumento do peso nem ao inchaço da barriga.

Não há também relação com dor ou inchaço das pernas.

Em casos raros, o útero pode aumentar consideravelmente de volume, sendo palpável no abdome, geralmente quando ultrapassa 500cc.

Nestes casos excepcionais, pode haver um pequeno aumento de peso e do volume abdominal.

Como é feito o diagnóstico da adenomiose uterina?

Através de exames de imagem, como o ultrassom transvaginal e a ressonância magnética da pelve.

A ressonância magnética acaba sendo superior no diagnóstico, pois é mais precisa ao mostrar as lesões. É comum encontrar um espessamento da zona juncional – região de transição entre o miométrio e o endométrio.

Quais os tipos de adenomiose?

Ela pode ser difusa ou focal.

O mais comum é o acometimento difuso, com tecido endometrial infiltrando toda as paredes do miométrio, principalmente a parede posterior do útero.

No entanto, quando ela é focal, é formado um nódulo no miométrio chamado de adenomioma.

Este adenomioma é semelhante ao nódulo de mioma, porém de consistência mais amolecida por conter células endometriais em seu interior.

Existe relação entre adenomiose e endometriose?

Ambas as doenças ocorrem pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina.

Porém, na adenomiose o endométrio infiltra a parede do útero, enquanto que na endometriose, o endométrio encontra-se em locais fora do útero (como por exemplo: nos ovários, no peritônio, no intestino, na bexiga, entre outras estruturas do abdome).

Quem tem adenomiose pode engravidar?

Sim, é possível engravidar, embora uma pequena porcentagem das mulheres apresente infertilidade.

Diversos estudos demostraram a relação da adenomiose com maior taxa de abortamento, dificuldade no transporte do óvulo e na receptividade do endométrio.

Quando há dificuldade de engravidar, é recomendado investigar se há endometriose associada, além de consultar um ginecologista especializado em reprodução humana, a fim de discutir possíveis tratamentos com técnica de reprodução assistida.

Qual o tratamento para a adenomiose?

Mulheres assintomáticas não precisam de tratamento.

No entanto, mulheres que apresentem sintomas, devem ser tratadas a depender do desejo de engravidar no momento.

Mulheres jovens, sem prole constituída, podem ser tratadas com os anticoncepcionais orais (pílulas anticoncepcionais) ou também com o uso de DIU hormonal, a fim de controlar o fluxo menstrual e as cólicas, segundo dados de uma revisão sistemática.

Já as mulheres com prole constituída, podem se beneficiar da cirurgia de retirada do útero ou histerectomia. Este procedimento pode ser realizado por cirurgia aberta ou cirurgia minimamente invasiva.

Isto porque até o momento, não há uma cirurgia conservadora do útero, nos casos de adenomiose difusa.

Onde tratar adenomiose em São Paulo (SP)?

A investigação da adenomiose é realizada pela médica ginecologista no consultório médico.

Caso seja necessária a cirurgia, a paciente e a equipe médica definem juntos o local mais adequado.

A minha equipe realiza os procedimentos cirúrgicos nos principais hospitais particulares de São Paulo (SP). Estamos à disposição para receber você em meu consultório.

Ele fica localizado no Jardim Paulista em São Paulo, próximo aos bairros: Jardins, Bela Vista, Pinheiros, Higienópolis e Liberdade.

Para contato, clique aqui ou no símbolo de Whatsapp ao lado.

Qual o valor do tratamento de adenomiose?

O preço depende do tipo de tratamento necessário.

Muitos casos exigem somente o acompanhamento de rotina com a ginecologista e o uso de medicamentos, outros exigem a inserção do DIU e até mesmo a cirurgia.

Desta forma, cada caso é individualizado e tratado de acordo com os sintomas da mulher.

Conclusão:

Neste artigo, explicamos sobre o que é a adenomiose, seu diagnóstico e seus tratamentos, além das principais dúvidas relacionadas a esta doença.

É fundamental que as pacientes procurem uma ginecologista para investigação, avaliação e definição do melhor tratamento individualizado para cada mulher.

Espero que tenham gostado!

Bibliografia:

1) https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/558-adenomiose-quadro-clinico-e-diagnostico

2) http://www.hgb.rj.saude.gov.br/noticias/not.asp?id=2524

3) https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31546278/

 

Artigo criado em 07/09/2022 e atualizado no dia 07/09/22 por Dra Camila Bonacordi

IMPORTANTE: Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. Agende uma consulta para maiores informações.


Texto escrito por:

Dra. Camila Bonacordi
Médica Ginecologista
Especialista em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva
CRM: 175203 – SP
RQE: 86605
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8912441366082514

Artigos

VoltarVoltar